domingo, 11 de maio de 2014

Summer Love - Capítulo 5 - Nossa árvore

Nossa árvore

Foi quando eu saí do banho que me lembrei que Niall tinha me chamado pra uma volta de bicicleta. Vesti ua roupa qualquer e o chamei da janela do meu quarto. Ele apareceu em sua janela com a cara amarrada e fechou-a na minha cara, batendo a madeira com tudo

Essa atitude foi em partes rude e estranha. Eu estava cansada de mais para resolver isso agora, então, seja o que for, falo com Niall amanhã. Acabando de arrumar minha cama, desci para beber um leite quente e me despedir dos meus avós. Logo em seguida, subi novamente para o meu quarto. 

Antes de apagar as luzes, dei uma espiada na janela em frente à minha. Continuava fechada. Sem a menor disposição para me preocupar com isso, deitei na minha cama e adormeci.


[...]

Ao acabar de calçar meus tênis, saí do quarto ás pressas. Quase tropeçando nos degraus da escada, cheguei ao andar de baixo e não encontrei ninguém. Lembrei-me de que em alguns dias da semana minha avó e meu avô saíam para passear numa praça perto da casa.

Saí e tranquei a porta com a chave que eu havia ganhado. Corri até a casa dos Horan, ansiosa para saber o motivo do comportamento estranho de Niall. Toquei a campainha. Segundos depois, Nialla abriu a porta.
Eu: Nia... - antes que eu pudesse terminar, ele fecha a porta batendo-a com tudo.

Fiquei imóvel, somente ouvindo o que parecia ser a Maura dando um sermão em Niall. Um tempinho depois, ela abriu a porta, me cumprimentou e pediu que eu entrasse e fosse até o quarto de Niall conversar com ele. Subi as escadas com um quê de ansiedade e nervosismo. Quando cheguei na porta de seu quarto, respirei fundo e entrei.
Niall: O que você quer? - ele estava sentado na cama, olhando para a janela.
Eu: Conversar. - Ele não disse nada, nem expressou qualquer reação - Por que está assim, Niall? - ele soltou um riso nasal, num tom de deboche.
Niall: Você não sabe? Sério? - disse, ironizando.
Eu: Niall, eu...
Niall: Te chamei pra andar de bicicleta. Você simplesmente me ignorou, nem sequer respondeu um "não". E depois foi se agarrar com o Zayn
Eu: Quem te disse isso?!
Niall: Eu vi. - fiquei sem reação. Minha boca se mexia, mas nenhum som saia dela. Começei a rir - O que foi?
Eu: Está com ciúmes!
Niall: Claro que não! E-e não tem graça!... - ele corou.
Eu: Niall, eu te conheço muito bem. Sei que ta cheio de ciúmes. - Sorri. - Mas não precisa ficar. Você sabe que eu sou só sua, Loirinho...! - fui até ele e o abracei, fazendo nós dois cairmos deitados na cama. Ele começou a rir, envolveu os braços na minha cintura, me abraçando de volta. - Desculpe por não te responder.
Niall: Tudo bem agora... Érr... Sobre você e o Zayn...
Eu: Foi só um beijo, não temos nada - o interrompi, antes que pensasse outra coisa.
Niall: Hmm...
Eu: Vou dormir aqui hoje!
Niall: Mas, ainda está de manhã!
Eu: Eu não disse "agora", eu disse "hoje".
Niall: E o que vamos fazer até à noite?
Eu: O que não fizemos ontem! - Sorri. Levantei da cama e ajudei Niall a fazer o mesmo. Saímos do quarto

Ao chegarmos no andar de baixo, pegamos as bicicletas e saímos andando.
Niall: Corrida até o lago?
Eu: Prepare-se para comer poeira! - Saí na frente, rindo

[...]

Niall: GANHEI! - disse depois de colocar a bicicleta deitada na grama, perto de uma arvore
Eu: Não vale! eu me distraí! - coloquei minha bicicleta, perto da dele.
Niall: Aceite sua derrota... E minha vitória, é claro! - Rimos.
Eu: Convencido! - Sentamos abaixo da arvore.
Niall: Ela te parece familiar? - Disse olhando a cima da cabeça.
Eu: A árvore?

Comecei a reparar nos detalhes. A arvore era não era tão grande, nem tão baixa. Haviam galhos distribuídos depois de uma certa altura. As folhas, verdes e levemente amareladas, balançavam conforme o vento soprava. Foi aí que...

"Saí correndo pela grama com uma boneca nas mãos. Usava um short jeans, um All Star preto com meias altas e uma blusa , com os cabelos divididos em duas mechas trançadas. Quando cheguei perto de uma árvore, deixei a boneca no chão e comecei a escalar. Apoiando nos galhos mais baixos, fui chegando em uma altura maior. Quando já estava satisfeita no galho em que eu havia parado, arranjei um jeito de me acomodar sem risco de cair. Olhei pra baixo e um menino me observava atento.
XxXx: Você vai cair! - disse.
Eu: Não vou, não. Eu sei me segurar bem. 
XxXx: Como vai descer daí? - ele perguntou, curioso. Eu havia conseguido subir, mas nem pensei em como faria para descer.
Eu: Ahm... não é da sua conta...! - respondi, pois estava sem graça de dizer "Eu não sei". ele não pareceu ofendido, pelo contrário, ate riu.
XxXx: Eu sei que você não sabe descer! Quer ajuda?
Eu: Não preciso de ajuda.
XxXx: Tudo bem... - ele cruzou os braços e saiu andando. Olhei em volta, tentando achar uma maneira de descer sem correr o risco de cair, mas o único que encontrei foi me jogar de lá de cima, coisa que eu, mesmo sendo uma criança, não faria.
Eu: Tá, eu preciso de ajuda. - ele se virou rindo e veio até em baixo do galho onde eu estava
XxXx: Sobe em cima do meu ombro. 
Eu: Mas, vai sujar sua blusa.
XxXx: Sobe. - me agarrei ao tronco da árvore e coloquei um pé em cada ombro dele. Ele segurou meus tornozelos e foi abaixando devagar até se agachar, de modo que eu ficasse mais próxima do chão e conseguisse pular sem me machucar. Assim que cheguei ao chão, limpei minha roupa enquanto ele fazia o mesmo com a camisa que eu sujara.
Eu: Obrigada. - o abracei rapidamente - Qual é o seu nome?
XxXx: Niall, e o seu? 
Eu: SeuNome.

A partir dali, Niall e eu ficamos amigos. Nos encontrávamos praticamente todos os dias depois do almoço, naquele mesmo lugar, debaixo daquela mesma árvore."

Aquela não era uma árvore qualquer, era a nossa árvore.
Eu: Nossa árvore...
Niall: Sim. - sorriu ao observar uma folha que caía. - Nossa árvore. Me levantei. Comecei a escalar a árvore e sentei em um galho. Niall se interessou e fez o mesmo, se sentando ao meu lado direito.

O lago ficava a alguns metros de distância de nós. A Luz do sol batia na água e refletia, fazendo-nos entreabrir os olhos. Niall usou uma mão como fonte de sombra para suas íris azuis. Quando voltou a apoiá-las na madeira do galho, colocou a mão sobre a minha, o que me fez olhar para ele quase de imediato. Ele fez o mesmo. Nossos olhos se encontraram. Seus olhos, quase tão azuis quanto o céu, pareciam ligados aos meus por uma corrente invisível, que logo foi quebrada, pois ele se concentrou em meus lábios. Comigo não foi diferente. Estávamos nos aproximando, e eu quase não havia percebido, se não fosse por sua respiração começar a ter batido em meu rosto.

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